QUANDO ME PERCO
Primeiramente quero referir que vou falar de estados depressivos leves, estados que conseguimos alterar sozinhos.
Por vezes há necessidade de ajuda de profissionais de saúde, e pedir ajuda é uma bênção.
Cada um de nós é responsável por si e em quase todas as circunstâncias sabe os seus limites.
Admito que nunca tive tantos desafios juntos ao mesmo tempo como nos últimos meses.
Situações que exigem bastante de mim, que me causam medo devido à incerteza, situações que exigem tomadas de decisão importantes, situações que, em paralelo com a tal da pandemia, me colocaram em lugares em mim, que nunca tinha conhecido.
Sinto que tenho sido bastante resiliente ( às vezes demora um pouquinho ), o pensamento mantém-se ora negativo ora positivo, mas estou muito grata e orgulhosa de mim.
Bem, no meio disto tudo, dei conta que me estou a "perder", e mais uma vez estou muito orgulhosa de mim, pois dar conta que me estou a perder, é meio caminho andado para me reencontrar, mas tudo isto é um processo...
É muito importante estarmos atentos a nós,pois se nos conhecermos, iremos perceber os sinais que o corpo e a mente darão, como forma de nos "obrigar" a parar.
Vou mencionar alguns sintomas que se manifestam nos 3 corpos que nos compõe, quando começamos a distanciar-nos do caminho:
No nível físico: Distúrbios no estômago, tonturas ou vertigens, tensão muscular, cansaço...
No nível mental: Falta de concentração, confusão mental, ansiedade (que passa de mental ao físico), irritabilidade...
No nível espiritual: Perdemos a sensação de pertença, desligamo-nos da natureza, perdemos a fé (seja no que for que acreditemos)...
Entramos num estado depressivo e com isto começamos a descurar os cuidados que temos connosco que nos equilibram os 3 corpos, ou seja, começamos a despender menos tempo nos cuidados de higiene, às vezes são os básicos, a aparência física passa para segundo plano. As atividades lúdicas são colocadas de lado, assim como todas as atividades que nos colocam em contato interno, em suma, deixamos de cuidar de nós.
Ora tudo isto é uma bola de neve pois, tudo o que deixamos de fazer quando nos começamos a "perder", é tudo aquilo que nos vai fazer voltar ao centro de nós, e nos colocará de novo em contato com a nossa bússola, A NOSSA INTUIÇÃO!
É importante percebermos qual a linha que separa a necessidade de ócio, que também é preciso, da preguiça depressiva, para sabermos agir. Nem sempre é fácil claro, mas para alterarmos o padrão em que estamos, temos que ter força de vontade e querer.
NÓS CRIAMOS A NOSSA REALIDADE DEFINITIVAMENTE
Agora vou mencionar algumas coisas que voltei a introduzir na minha vida, vou falar dos meus gostos pessoais e do que sei que me faz bem:
Meditação - estava a fazer muito pouco, sem regularidade, e a meditação é um trabalho continuo e os benefícios maiores sentem-se se formos persistentes e se a atividade for continua. 10/20 minutos por dia, já e muito bom e a diferença que fará na sua vida é imensurável.
Caminhadas - para além de todos os benefícios a nível físico, caminhar ao ar livre coloca-nos em contato com a natureza, com a brisa do ar, com os aromas da vida.
LER - Ao ler a mente relaxa, viajamos para outros lugares estimulando a nossa criatividade. Adquirimos novas competências aumentando o nosso campo mental.
Passar algum tempo a cuidar da nossa higiene pessoal. Tomar banho com consciência no que estamos a fazer. Mimar-nos. Ser vaidoso não tem nada de errado e alimentar um pouquinho o ego não faz mal a ninguém.
Respiração consciente - ao longo do dia faço breves paragens para respirar fundo e profundamente.
Nunca vamos estar bem o tempo todo, caso contrário não seriamos humanos, mas a balança tem que pesar mais do lado do positivismo.
A força de vontade trabalha-se e dá muito trabalho, mas este corpo e alma que temos são valiosos e merecem o esforço.
SE ESTIVERMOS ALINHADOS E COM OS OLHOS DA ALMA ABERTOS, "OUVIREMOS" O QUE O NOSSO GUIA INTEROR TEM PARA NOS DIZER E FAREMOS ESCOLHAS SENSATAS.
A INTUIÇÃO FOI UMA VOZ QUE NOS DERAM PARA NOS GUIAR NESTA VIDA!
12/04/2021seu texto aqui...